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Áreas de estudo e atuação em Brinquedos e Jogos

Todo mundo adora brincar, mesmo que seja adulto. Agora pra que o brinquedo ou aquele game board legal chegue nas suas mãos tem todo um processo, certo? E se você está interessado em trabalhar com isso, vamos ver algumas áreas a seguir:

E o mercado, como que é? Vamos a um dado internacional trazido no livro de John Howkins, “Economia Criativa – Como ganhar dinheiro com ideias criativas”, (Ed. MBooks), de que em 2005 (ou seja, mais de 10 anos atrás), o mercado mundial de jogos era estimado em US$ 22 bilhões, cerca de 40% do mercado mundial, e chegou a apresentar um crescimento na Europa de 21% se comparados a 2000. Segundo ele, a China é o principal produtor de jogos mundiais, chegando a fornecer 95% dos brinquedos comprados na Europa e EUA. Estamos pesquisando ainda, mas acreditamos que no Brasil não seja tão diferente.

Infelizmente há muitos poucos dados disponíveis sobre esse mercado – e por sermos uma somos slow media, queremos trazer a melhor informação pra você, respeitando nosso tempo e análises também. Temos bastante trabalho pela frente para trazer mais informações não só nesta área, como tantas outras criativas.

Já para entrar nesse mercado, é importante você ter alguma formação, se for dentro da área criativa melhor ainda, pois é uma atividade que exige não necessariamente uma técnica específica, mas um olhar criativo, e, em especial, pessoas com talentos em StoryMídias, Comunicação Instantânea e Hábitos Human+Tech, poderão agregar mais ao time estratégico que pensa em um jogo ou brinquedo por conta das habilidades técnicas presentes. Embora não seja uma área muito divulgada como “opção de trabalho”, é possível começar em um estágio – e por isso a faculdade também é importante – em um estúdio ou fábrica de jogos.

Uma unidade do Senac, no Rio de Janeiro abriu ano passado, um curso para criação de jogos de tabuleiro. As aulas apresentam temas como história e estilo de jogos analógicos, storyboard, prototipação, mecânicas, narrativas, estética e documentação. Tem duração de 12 aulas e investimento de R$ 756.

Arte da capa: Matt Chinworth

Como criar um jogo?

Para quem não tem ideia de onde começar, um dos processos de criação de jogos de tabuleiro pode ser pelos livros… histórias já criadas podem ser recriadas em formato de jogo, como é o caso do jogo Quissama, criado pelo professor de inglês, Ricardo Spinelli, e baseado no livro Quissama, de Maicon Tenfen. O jogo demorou 2 anos para ser desenvolvido e, muito provavelmente você não o conhece. A distribuição e divulgação de jogos de tabuleiro no Brasil é um dos fatores de dificuldade que observamos também nesse mercado criativo, assim como o de Games – que está em alta, mas ainda em estágio embrionário de mercado nacional, como os próprios gamers relataram ao @ihcriei. Outras áreas criativas também “sofrem” com essa falta de conhecimento, incentivo e abertura.

Um outro caminho fora os livros é pensar em um tema que gostaria de trabalhar. Corrida, jogos espaciais, policial, agricultura, turismo, guerra e por aí vai. Lembre-se: um jogo é uma história sendo contato por quem joga, mas criada por quem imaginou as diversas possibilidades de acertos e erros. Depois de decidir a temática, deve se pensar na mecânica (ações) do jogo, como é que ele vai funcionar na prática. Existe um site que tem centenas de jogos criados por pessoas do mundo todo – e lá tem muitas mecânicas que você pode se inspirar. É o Board Game Geek, mas se você não está familiarizado com o idioma inglês, pode começar a entender um pouco mais através do canal Fazendo Nerdice, que explica de um jeito descontraído, um pouco sobre as mecânicas dos jogos, clicando aqui.

Depois do processo do como jogar, inicia-se a parte de criação com o designer para tornar real a história. Tem uma ideia, mecânica pronta, e quer fazer acontecer? Algumas empresas como a Game Maker, no Rio de Janeiro, pode ser uma opção. Geralmente eles tem toda a estrutura para desenvolver e criar seu jogo – inclusive partindo do design até a fabricação em si. Deu vontade de criar um jogo? Pois confira algumas dicas valiosas pra quem quer começar nessa área:

1. Assista reviews de jogos

Ver um review de um jogo na internet é muito útil porque você fica conhecendo aquele jogo e já faz uma bela pesquisa de mercado: descobre o que potenciais compradores do seu produto podem ou não gostar.

2. Pense na emoção primeiro

Quando estiver criando um jogo ou brinquedo, pense na emoção que quer que o consumidor tenha, antes mesmo de regras, design, etc. Se você tiver um jogo que prende a atenção e cria a emoção no jogador, e antes de mais nada em você, já está no caminho certo.

3. Faça uma boa propaganda

Hoje em dia, ainda mais com a tecnologia, a frase “a propaganda é a alma do negócio” é muito verdadeira. Você pode criar um produto incrível, mas se ninguém souber dele – ou porque ele é assim tão diferente do que já está no mercado – você não vai ter sucesso, e isso não significa que a sua criação é ruim.

4. Tenha contato com outros criadores e jogadores

Um bom exemplo de lugar para entrar em contato com outros criadores e amantes de jogos de tabuleiro é participar de fóruns online como o Board Game Geek ou o Board Games Designers (ambos em inglês). Você troca experiências, tira dúvidas e pode conhecer pessoas do meio muito legais.

COMO FUNCIONA OS DIREITOS AUTORAIS NESTE MERCADO?

Segundo livro de John Howkins, “Economia Criativa – Como ganhar dinheiro com ideias criativas”, (Ed. MBooks), um brinquedo ou jogo se qualifica para vários tipos de propriedade intelectual. O seu nome pode ter uma marca registrada e seu desenho e elementos artísticos podem ser protegidos por direitos autorais. Por exemplo, o desenho impresso de um jogo de tabuleiro são protegidos como obra artística. Já as regras do jogo, embora sejam a “alma” dele, segundo John, não podem ser protegidas, pelo menos na legislação britânica. E no Brasil? Precisamos pesquisar, e estamos indo atrás disso. Tem áreas criativas que tem mais dados, outras menos, e outras, como essa de jogos e brinquedos praticamente nada. Nos ajude a descobrir também, mais fontes confiáveis, caso você conheça, nos envie um e-mail, agradecemos muito sua colaboração.

Mas lembre-se: este é só o início do processo. É muito importante você saber duas coisas: como funciona o universo de direitos autorais de suas criações e como irá distribuir e fazer dinheiro elas. Ok? Como disse, esse é apenas o início das pesquisas neste mercado, esperamos trazer muito mais pra você.

Arte da capa: Fran Pulido