Como a área da tecnologia envolve muitas vertentes, é importante você ler esse texto com atenção, tranquilidade e foco. Afinal, de acordo com a pesquisa “The Future of Jobs”, do World Economic Forum, até 2025, 133 milhões de novos empregos serão criados (75 milhões extintos), ou seja, estamos com um saldo positivo de 58 milhões de novos empregos no mundo! E a tecnologia estará presente em alguma ponta da jornada, melhor entender que ignorar. Vamos lá?
A área de Softwares, dentro da Economia Criativa, está classificada em Hábitos Human+Tech – Caminhos prováveis para o futuro, nova classificação IH!CRIEI. Além de Tecnologia temos dentro dessa classificação a Pesquisa, no qual abordaremos o mundo da Biotecnologia e Antropologia. Tudo porque ambas as áreas estão ligadas diretamente com nosso hábitos, quem somos e quem poderemos ser.
Os softwares ficam no chamado TIC (tecnologia da informação e comunicação), composto pelas áreas de desenvolvimento de softwares, sistemas, consultoria em TI e robótica, como explicamos no outro artigo sobre P&D (clique aqui para ler). Primeiro, é importante pontuar que estamos definindo softwares a partir da definição dada pelo portal Na Prática.Org:
“O software consiste na “parte lógica” do computador, que inclui sistema operacional e programas. Então, basicamente, estes profissionais projetam e guiam o desenvolvimento de programas, aplicativos e sistemas, de forma que atendam aos requisitos e cumpram as funções determinadas.”
– Na Prática.Org
De acordo com pesquisas da ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software), em 2017, o Brasil estava em primeiro lugar entre os países da América Latina, e o nono no ranking mundial de investimento em tecnologia, sendo mais de 38 bilhões de dólares investidos nessa área. Rica em possibilidades, quem deseja trabalhar na área de Softwares, dificilmente vai ficar sem dinheiro, emprego ou trabalhos freelancers. O mercado só cresce e a procura por profissionais qualificados também, afinal, tudo é tecnologia hoje em dia.
Imagine você ser a pessoa que ajudou a desenvolver um robô que ajuda pessoas em suas casas com atividades do dia a dia? Imagine que o programa que você ajudou a desenhar afeta milhões de pessoas todos os dias? Lembre-se dos fundadores do Uber, Travis Kalanick e Garrrett Camp, que desenvolveram com sua equipe um aplicativo que mudou a forma como nos locomovemos nas grandes cidades – entendeu porque são áreas que transformam nossos hábitos? Mas, ele é só um dos exemplos mais conhecidos. Se você percorrer pela Europa vai encontrar outros que também resolvem problemas de locomoção, dentre eles temos o Drivy (França e Alemanha), SnappCar (Holanda), Easy-Car Club (Reino Unido), Yourdrive (Nova Zelândia) e, trazendo um exemplo brasileiro, o 99 App (antiga 99 Taxi), dos brasileiros Paulo Veras, Renato Freitas e Ariel Lambrecht, concorrente direto do Uber. E não precisa ficar na imaginação não. Você pode ser um dos que mudam o mundo através da tecnologia.
QUAL SALÁRIO MÉDIO NOS ESTADOS BRASILEIROS?
Abaixo, a tabela de 2017 da FIRJAN, mostra um média salarial e a reorganizamos com design@ihcriei para facilitar o seu entendimento. Não há especificações das funções, então o que segue é uma média geral de dentro da área. Um dado muito subjetivo, mas que dá pra ter noção a nível de comparação entre os estados.
Como você pode ver os salários são muito bons em praticamente todos os estados brasileiros, com exceção em Tocantins (R$2.912) que fica mais abaixo dos outros. Porém, estados como Rio de Janeiro (R$9.022), São Paulo (R$8.804) e Distrito Federal (R$7.907) mostram a potencial salarial da área de Tecnologia. Na média nacional o valor do salário mensal fica em R$7.086. Lembrando que são MÉDIAS logo, você pode ganhar menos ou muito mais!
Dependendo da área que você se especializar e gostar mais, pode trabalhar em grandes empresas como a IBM, a Google, Samsung… Pode trabalhar em casa, num escritório, até em outro país – embora o Brasil mesmo tenha uma demanda alta de profissionais da área, você pode conseguir facilmente empregos em países como os Estados Unidos, Alemanha, Canadá, Irlanda, Alemanha que, inclusive, fornecem visto de trabalho, uma vez que esses profissionais especializados são sempre requeridos. Outros lugares que tem caras fantásticos de computação – e muitos acabam mudando para o Vale do Silício (EUA) para trabalhar, são os indianos e os paquistaneses.
“Ser um engenheiro de software não envolve tanto a habilidade de programar; envolve tudo que é necessário para transformar seu código em um produto para pessoas de carne-e-osso. Em muitos casos, seus clientes voltarão dizendo que algo no software não funciona. É nesse ciclo de fazer contínuas manutenções e atualizações de suas técnicas e produtos que um Engenheiro de Software aprende a trabalhar.”
– Gene Linetsky
O que não falta hoje em dia é empresa necessitando de gente que entenda de softwares. Por sinal, esse é um dos problemas enfrentados na área de tecnologia: falta de profissionais preparados. De acordo com um estudo conduzido pela Networking Skills in Latin America, no ano de 2019, temos por volta de 59% de vagas não preenchidas na área de TI, o que é extremamente preocupante. Outro problema que afeta principalmente o Brasil no momento é a economia em rescisão, então os salários ficam mais baixos e as empresas tendem a investir menos. Quer mais um fato curioso – e ruim – da área de tecnologia? De acordo com esse mesmo estudo, atualmente, 15,7% das empresas não tem nenhuma mulher nas equipes de TI. É um absurdo! Mulheres que estão lendo aqui, saibam que vocês tem lugar sim, é só querer e estudar bastante!
Existe um outro grande problema nessa área de tecnologia – e na área de jogos também. É o chamado crunch (do inglês esmigalhar), que é um excesso de trabalho, mal ou não remunerado, que é ok as vezes, quando estamos perto de algum deadline – atire a primeira pedra quem nunca fez uma horinha extra – começa a acontecer sempre. Tem gente com carga horária semanal de 100 horas. Isso é o equivalente a quatorze horas direto de trabalho de domingo a domingo. Nenhum ser humano aguenta isso, e somente agora – embora trabalhar demais seja um tópico antigo – está sendo visto o perigo e os efeitos nocivos dessa prática.
Arte da capa: Yukai Du