Arquivo do Autor: Patricia Bernal

Sobre Patricia Bernal

Sou fundadora e curadora do portal IH!CRIEI, apaixonada pela transformação que a criatividade humana pode impactar! Estudo o mercado criativo, creator economy e gestão em negócios criativos. Sou Jornalista, Especialista em Mkt de Conteúdo, Educadora e Palestrante.

Começando na Pesquisa
e Desenvolvimento

Normalmente a maneira de começar nessa área é seguir uma carreira acadêmica, de preferência em universidades boas que invistam em pesquisas e tenham interesse em estudos aprofundados, diferentes de outras áreas criativas que possuem uma ampla e prática variedade de cursos técnicos – onde você aprende a mexer em tal equipamento ou a fazer uma arte de x ou y jeito.

Além disso, estando em uma boa universidade, sendo bem dedicado e estudioso, é sempre bom tentar manter contato com professores e tentar chegar em profissionais da área. Por exemplo, se você gostaria de pesquisar sobre o funcionamento dos astros, estando em uma universidade, pode ter o acesso a laboratórios de pesquisa, e isso é um grande passo. Escrever sobre o assunto e tentar ter artigos publicados em revistas de pesquisa é um dos meios de se tornar mais conhecido neste meio. Não é fácil, pois assim como muitas das áreas da economia criativa, você depende muito de ter uma rede de contatos – o famoso networking – para que seu trabalho seja reconhecido. Porém, nessa área, ainda muito ligado ao modelo tradicional, essas publicações de pesquisas costumam ser validadas quando publicadas pela Universidade ou nas mídias de renome da área.

Mesmo sendo difícil, existe muita procura dentro de grandes empresas por produtores de softwares, produtos de consumo, e pesquisadores dentro da especialidade x daquela empresa. De acordo com a Casa Firjan (A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), que pesquisa as indústrias fluminenses e brasileiras, a área de P&D foi o segundo segmento criativo com maior avanço entre 2015 e 2017, atrás somente de publicidade e marketing, e empregou por volta de 156 mil pessoas, em especial no sudeste do país.

Distribuição de empregados formais na área de tecnologia por estado – tabela e fonte: Firjan

Um dos maiores problemas enfrentados é que a grande maioria das pesquisas são fomentadas por instituições públicas, como universidades federais e agências do governo – no cinema brasileiro, outra área criativa, também segue muito esse perfil de “fomento”. A questão que surge com isso é que o dinheiro repassado para pesquisa é parte do dinheiro total que o país faz. Hein? Por exemplo, se a economia do país vai mal, temos menos dinheiro repassado para essa área, e com menos dinheiro os pesquisadores enfrentam problemas na infraestrutura – isso porque muitos precisam de laboratórios e equipamentos caros e difíceis de encontrar em qualquer lugar – para dar continuidade de seus projetos. No último ano, vários pesquisadores de universidades federais como a USP, de São Paulo, tem trabalhado sem ganhar salário – tipo trabalho escravo e amor a profissão?! – e em posições inferiores ao necessário para que os projetos andem para a frente. Não podemos deixar uma indústria criativa tão importante e que pode gerar não só inovação, mas resolução de problemas pra sociedade. Tamu junto?!

Arte da capa: Matt Chinworth

Salários e áreas de atuação
em Pesquisa e Desenvolvimento

Algumas profissões envolvidas na área de P&D, por exemplo, são engenheiros em pesquisa e desenvolvimento, geólogos, geofísicos, pessoas que trabalham com ciências da atmosfera como meteorologistas e astrônomos, entre outras. Os que pesquisam nas áreas médicas e biológicas ficam na área de biotecnologia e os que tem trabalhos que envolvem tecnologia direta ficam na área chamada de TIC. Essas pesquisas CRIADAS geram valor por trazerem resultados que se transformação em inovação e criação de produtos.

Principais profissões e remunerações – tabela e fonte: Firjan

Abaixo, a tabela de 2017 da FIRJAN, mostra um média salarial e a reorganizamos com design@ihcriei para facilitar o seu entendimento. Não há especificações das funções, então o que segue é uma média geral de dentro da área. Um dado muito subjetivo, mas que dá pra ter noção a nível de comparação entre os estados.

Nota-se que os salários são os mais altos de toda a cadeia criativa. Afinal, são as pesquisas que trazem boa parte da inovação em diversos setores humanos e estratégicos. No Rio de Janeiro, chega a se ganha média de R$18.134 e em Sergipe R$14.539, mais que São Paulo. Curioso não? Vamos investigar! Já média salarial (nível Brasil) está em R$12.188 segundo dados do relatório da Firjan/2017.

Arte da capa: MUTI

Como estudar Games?

Os primeiros passos para entrar de cabeça nesse mundo são os óbvios: você deve gostar muito de jogar pra querer seguir essa carreira, porque por mais divertida que seja, é muito trabalhosa e o ingresso no mercado de trabalho não é tão fácil assim. Precisa ser estudioso e metódico, porque durante o desenvolvimento você provavelmente terá que focar na mesma etapa mil vezes antes de tudo estar perfeito, e isso pode irritar muita gente. Ainda assim vale muito a pena, e se essa é a sua praia, vamos com força!

Agora, vamos falar por onde começar. Primeiro, é necessário ser formado para trabalhar criando games. Se você já tem uma formação, ela pode até ser útil, pois você consegue usar seus aprendizados para o desenvolvimento do seu jogo. Vários criadores de outras áreas são bem sucedidos. Um exemplo é o brasileiro Walter Machado, cirurgião dentista que amava jogos e resolveu fazer um, que acabou sendo um sucesso e sustentou a sua família. Ele adorou tanto que trocou de profissão e agora é desenvolvedor de games!

Mas se você quer fazer um curso, por qualquer que seja o motivo, networking, querer aprender mais, se prefere o ritmo de uma escola do que o estudo autodidata, tem bastante lugar pra escolher, variando de bolso pra bolso. É bom pensar primeiro qual é sua área de interesse, e existem várias: programação, roteiro, desenho, design, áudio, etc. Isso também vale se você quiser estudar por conta, há muitos livros, cursos online e vídeos tutoriais, entre outros, pra você decidir por onde começar ou qual área dentro dos games seguir.

Onde cursar? Nas nossas pesquisas encontramos várias instituições de ensino, mas vale lembrar que o que estamos citando é de pesquisa, nós não tivemos alguma experiência nesses lugares então não podemos atestar se são bons de verdade. Essas infos de cursos vem do Portal TecMundo. No Paraná tem curso de Programação de Jogos Digitais, em Pernambuco tem a Unicap com desenvolvimento de jogos, e até no Amazonas tem a UEA. Com campi o redor do país temos, entre outros, a Saga (não muito indicado, segundo alguns relatos de ex-estudantes que conversamos, pois disseram ser fraco, vale a pesquisa!), o Super Geeks, o Senac, a Anhembi Morumbi.

Depois de estudar um pouco – ou muito – você provavelmente já vai ter ideia de qual é a sua área, mas em caso de dúvida é só consultar aqui com a gente!

Arte da capa: Scott Balmer

A indústria de Games
no Brasil e no Mundo

A área de games (ou jogos digitais) tem sido uma das mais fortes da Economia Criativa. Em 2017, de acordo com o MicBr, Mercado das Indústrias Criativas do Brasil, do Ministério da Cultura, o setor de jogos digitais faturou mais de 120 bilhões de dólares no mundo todo, mais até do que as áreas de música e cinema. No Reino Unido, por exemplo, os jogos são livres de imposto e isso colocou a indústria de games lá em cima. Desse montante de dinheiro, o Brasil representa cerca de 1,3 bilhão de dólares, ficando na 13º posição mundial. São produzidos cerca de 1,7 mil jogos no nosso país, e o número só cresce com as facilidades de internet e tecnologia que temos ao nosso redor. 

O Elaborando Projetos, de Rose Meusburger, canal que fala sobre a Economia Criativa, fez um vídeo explicando como anda o mercado cultural voltado para a área de games e dedica uma playlist só a esse segmento. Clique aqui pra ver.

Interessante o que Rose nos traz e muito boas notícias para quem quer entrar na área!

“Os jogos são uma forma de arte incrível. Eles incorporaram todos os segmentos artísticos, como música, design, audiovisual. Com isso, estão conquistando seu espaço na Economia Criativa e gerando um efeito cultural de grande impacto. A única coisa que não temos neste mercado é o glamour do tapete vermelho”conta Jason Della Rocca, especialista na área e fundador da Execution Labs.

Arte da capa: Ann-Sophie De Steur

Seis dicas para ingressar no mercado
de Games

Agora que o bicho pega, não é? Por um lado sim, já que essa é uma indústria bem competitiva, por outro lado não, porque se você fizer a sua parte direitinho e ter o que mostrar – o famoso portfólio – com certeza tem chances de ir longe! Vamos conferir algumas dicas valiosas de como ingressar nesse mercado?

1. Tenha um portfólio recheado

Sim, como criativos sabemos que a palavra da hora é portfólio. Pode ser meio chato de fazer, mas ele é uma vitrine do seu trabalho, o que facilita muito na hora de contratar. Crie para o seu portfólio elementos que mostrem as suas melhores habilidades: se você quer trabalhar com design, crie ideias de personagens, objetos, pequenas animações. Quer ir pra música? Que tal colocar uns trechinhos de coisas que você compôs? Outra coisa legal é pedaços de jogos. Você não precisa desenvolver um jogo inteiro pra demonstrar a sua habilidade. Se já participou de algum, ótimo, coloca lá. Mas se não – ou se quiser incrementar – foque na sua área e crie um pedacinho de jogo pra que quem olhar o seu trabalho saiba que você consegue realizar aquela tarefa naquela área.

2. Escreva/Fale a respeito

Crie um blog/canal no Youtube/whatever pra falar de games: o que você joga, o que você cria, reviews, vale de tudo. Escreva artigos mais profissionais e uns também mais voltados ao público leigo, dessa forma você pode conhecer um monte de gente, e chamar a atenção de um possível contratante, porque você está demonstrando que sabe do que está falando. Também vale participar de discussões em fóruns ou grupos nas redes sociais, você sempre pode aprender algo novo, ajudar alguém ou encontrar seu novo trampo!

3. Faça um trabalhinho ou outro for free (ou por pouco)

Calma. Não é um incentivo à exploração. Todo mundo que começa na carreira e ao longo da carreira sabe que nem sempre a moeda de troca vai ser o dinheiro. Pra quem começa, é fazer treinar e aprender rápido para após – não mais que 6 meses – já começar a cobrar, nem que for o mínimo. Não há regras, mas alguns trabalhos você deverá pontuar e escolher se vale a pena fazer de graça – porque alguns valem!! Mas, é algo que deve ser escolhido a dedo e estrategicamente. Ok? Outra coisa é: se você faz o que ama é interessante você se juntar com um grupo e criar alguma coisa para aumentar o conhecimento, contatos e portfólio de todo mundo. Só não vale querer desenvolver um super mega hiper jogo, porque você vai acabar frustrado e sem nada. Veja bem a sua equipe, o que cada um pode trazer de melhor pra fazer algo simples e muito legal. Bota a criatividade pra funcionar! 😉

4. Conheça as empresas

Pra entrar no mercado é preciso saber quem está nele, sejam empresas grandes ou pequenas. Saiba que em empresas pequenas, é mais procurado o perfil de profissional que sabe fazer de tudo um pouco, já que – óbvio – a empresa não é muito grande. Em empresas maiores, é mais comum ter especialista disso e daquilo e cada um cuida de uma áreazinha pequena e segmentada. Se o seu objetivo é trabalhar pra uma das grandes marcas, então é bom ser o mais especializado e conhecer de tudo da sua área. O portal Produção de Jogos (ótimo portal também pra ver dicas e entrevistas com profissionais) criou um mapa da indústria no Brasil, com várias empresas cadastradas. Se quiser conhecer – ou procurar uma perto de você – clique aqui. Aproveita e dê a cara a tapa, se gostou da empresa já manda seu currículo e portfólio, mesmo que não tenha experiência, pois alguém pode gostar do que você anda produzindo! Imagina um estágio – e futuramente um emprego com aquela empresa que você adora?

5. Vá em eventos

Existem muitos encontros e eventos (abertos ao público geral, por sinal) onde você pode conhecer gente nova e aproveitar pra vender o seu peixe. Assista uma palestra, chega no palestrante e fala “nossa, amei isso aqui que você fez, eu to começando e faço X, Y e Z”. Pegue contatos. O site da Abragames – Associação Brasileira dos Desenvolvedores de Jogos tem um calendário atualizado constantemente de todos os eventos do mundo dos games, vale a pena conferir! 

Um bom lugar para aumentar a lista de contatos e tentar vender seu jogo são os festivais, que propõe rodada de negócios – para que você tente vender  – como a oferecida pelo Big Festival, Brazil’s Independent Games Festival, maior festival de game da América Latina, que também oferece inscrição de jogos prontos e em produção.

Outros festivais para inscrever seus jogos aqui no Brasil são o SB Games, que ocorre na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, o BRING, de Brasília, o Brasil Game Show em São Paulo e o Brazil Games, voltado principalmente para a exportação de jogos nacionais para o mercado exterior.

Dos festivais internacionais, os mais conhecidos e populares são o Gamescom, festival que aceita jogos de vários países o XDS – External Development Summit, em Vancouver, no Canadá, o Games Connection, que ocorre em Paris, na França, o China Joy, em Shangai, o GDC – Game Developers Conference, em São Francisco, Califórnia, e o South By Southwest, em Austin, Texas, ambos nos Estados Unidos.

Outros festivais importantes são o ZKM_Gameplay, que ocorre na Dinamarca e o A MAZE., que rola em alguns lugares, mas normalmente em Berlim, na Alemanha. 

6. Participe de Game jams

Se você já está na área deve saber o que é isso, mas se não a gente explica! Game jams são maratonas onde sua equipe tem um tempo limitado, tipo 48 horas, uma semana, etc, para desenvolver um jogo do começo ao fim, as vezes até com tema determinado que só é revelado no começo da maratona. É muito legal participar para desenvolver o seu processo criativo, aumentar seu portfólio, conhecer gente e quem sabe ir com esse jogo para alguns festivais. Se quiser saber mais, confere o nosso artigo que fizemos através de uma conversa com André Mariano, desenvolvedor e programador de games, sobre mais algumas dicas pra quem quer trabalhar na área. É só clicar aqui!

Como nem tudo são flores, vamos falar agora um pouco do lado negro? É importante saber pra entrar no mercado com a consciência certa e pé no chão. O mercado de games, assim como o de cinema, é muito competitivo e tem pouca abertura para desenvolvedores independentes, e é difícil conseguir que seu jogo alcance o mercado mundial – talvez se ele fizer muito sucesso na internet. Também é bem difícil conseguir financiar o seu jogo e contratar profissionais, porque a maioria das coisas – mão de obra e venda – tem custo já em dólar, que como sabemos não está nada barato aqui no nosso país.  Mas nada é impossível! Só tenha a ciência de que a jornada – como qualquer área criativa – não vai ser fácil, mas vai valer super a pena. 

Outro problema recentemente abordado – mas bem antigo – é o que é conhecido como crunch (do verbo esmigalhar, em inglês). Ele diz respeito as condições de trabalho na indústria de games, onde os desenvolvedores as vezes fazem jornadas semanais de 100 horas, ganham muito menos do que deveria e são realmente esmigalhados pra trabalhar cada vez mais loucamente. Várias empresas já estão tomando consciência de que esse tipo de processo é um verdadeiro tiro no pé, porque cansado e mal pago ninguém faz nada que presta.

Gostamos de citar as dificuldades de cada área porque acreditamos aqui no Ih!Criei que nosso papel – e o seu também – como criativo é tentar, cada um na sua área, organizar e ajudar a Economia Criativa a crescer e ser cada vez melhor pra que todos trabalhem com paixão, mas que possam pagar as contas no fim do mês.

Arte da capa: Scott Balmer

Áreas de atuação
na Gastronomia

Quanto mais você praticar melhor você fica, e você pode ir testando diversas áreas e ver qual te conquista: confeitaria, cozinha industrial, comidas típicas, carnes, aves, vinhos… É um mundo de sabores a serem provados! E, se você tem uma veia empreendedora, pode até ter o seu próprio negócio – por exemplo, de um Food Truck a um trailer de rua, até se arriscar abrir em um restaurante, ou partir para a uma carreira inicial sendo chef em restaurantes comerciais, hotéis, spas, navios, serviços de bufê ou catering (aqueles que fazem a comida, levam, servem, tem toda a infraestrutura). As opções acabaram? Nananinanão! Veja abaixo algumas das áreas que você poderá atuar:

Arte da capa: Yukai Du

Cursos e formação em Gastronomia

Existem várias faculdades no Brasil e no exterior, sendo as dadas pelo Centro Universitário Senac e pela faculdade Anhembi Morumbi as melhores, mas o preço é bem salgado, considerado um dos cursos mais caros.

Para se ter uma ideia, a graduação no Senac custa por volta de R$ 2 mil por mês (valores de 2019). Um curso mais curto, porém numa escola altamente renomada que é a escola francesa Le Cordon Bleu (com sedes em São Paulo e Rio de Janeiro), um curso de apenas 3 meses, por exemplo, vai pra mais de vinte mil reais. Caso essa realidade não for a do seu bolso, nossa sugestão é procurar cursos bem específicos e de pouca duração voltados na prática, os chamados cursos livres, como por exemplo os que a Eataly faz várias vezes por ano e os da Accademia Gastronômica , de vinhos, comida típica de algum país, e que são muito mais acessíveis e podem te preparar bem para iniciar no mercado ou aprofundar em algo que você deseja trabalhar.

O bom começar por esses cursos mais curtos é que você já pode ir atuando no mercado até pra quem conseguir a grana pra fazer uma graduação em algo mais aprofundado e com uma ampla gama de conhecimento.

Quer saber mais sobre como começar na gastronomia e outras infos muito legais dessa carreira? Então fica de olho aqui no ih!criei que sempre temos coisas apetitosas!

Arte da capa: Dmitry Mòói

Como lidar com o medo
da falha?

Gente, vamos lá! Vamos criar um movimento de coragem para arriscarmos mais e falar “parece errado, mas eu vou tentar mesmo assim e ver no que vai dar”. Coragem também pra levantar a mão naquela reunião de brainstorm e dizer “eu tenho uma ideia!”. Porque como dizem, o não a gente já tem. Às vezes vão achar nossa ideia besta, ou que não tem nada a ver com nada – quase sempre aliás. Mas as vezes é o que vai salvar ou impulsionar um projeto, e não tem nada melhor do que o orgulho de saber que ter se arriscado valeu a pena.

“E se não valer? E se eu me arrisquei e não deu certo?”. Paciência, caro gafanhoto. Levanta a cabeça, respira fundo, pratique o perdão a si mesmo, e parte pra próxima.  

Foto: Pôster do filme / Netflix


Um dos grandes bloqueios na hora de exercer a criatividade, de acordo com a pesquisa feita pelo neurocientista David Eagleman, para o filme da Netflix “Como o Cérebro Cria”, é a nossa briga interna com a falha. Temos muito medo de falhar, e vemos o ato de falhar como uma coisa muito pesada e negativa. CHEGA! Todo mundo já disse que quando dá errado é bullshit! Dane-se o que dá errado. Começa a aplicar as teorias que a sua vida VAI MUDAR! Ok? Vamos focar no fazer, viver, experimentar e ver no que dá!

>> MOMENTO MEDITAÇÃO IH!CRIEI FALANDO COM VOCÊ! <<

Tire o peso do ato de falhar, seus ombros ficarão muito mais leves, você vai ver que na hora de deixar as ideias fluírem, vai se julgar menos, ter menos medos, e é ai que as ideias mais fantásticas vão aparecer ou que, no mínimo, sua vida vai ficar mais cheia de histórias e mais interessante.

Além do documentário “Como o Cérebro Cria”, citado e super recomendado, assista ao filme dinamarquês “Homem de Sorte”, também na Netflix;  vale a pena as quase 3 horas de filme para você entender o que é um sonho, um sonhador e um quase realizador. O que é criar. O que é fazer. O que é não dar tão certo, mas dar…

Poster do filme “Um Homem de Sorte”, de Bille August (2018)

Portanto, se depender da gente aqui do @ihcriei, desistir é a última coisa que você vai fazer. Arregaça as mangas, pega o caderninho e caneta e o kit de coisas a serem feitas e mãos a obra! E continue aprendendo com seu cérebro!

Arte da capa: H om

Entendendo a aplicação
da criatividade na vida e no mundo

Eu acho que é possível “aplicar” a criatividade em todas as áreas da vida, trabalho, relação interpessoal, roupa que vai usar, presente que vai comprar, rango que vai preparar, etc. Ou seja, temos a todo momento a possibilidade – e o convite – de explorar a criatividade! Esse exemplo abaixo não é novo, mas demonstra claramente do que somos capazes.

A ideia foi do casal de designers Anna Citelli e Raoul Bretzel que resolveram criar uma cápsula orgânica que transforma um corpo em decomposição em nutrientes para uma árvore.

awebic-caixao-organico-1
awebic-caixao-organico-3

awebic-caixao-organico-5

Veja a ideia em vídeo:

De forma geral, como se chegou a essa ideia? Vamos lá. Primeiro, temos um problema (os gigantescos cemitérios que só ocupam espaço na terra e não geram um ambiente muito agradável de se visitar); depois uma ideia meio louca que tem potencial de ser aceito por um grande número de pessoas (sim, isso conta para que a ideia se dissemine) e então a criatividade de unir coisas de uma forma diferente (a morte, decomposição e sustentabilidade). Genial! Entendeu mais ou menos como usar a criatividade? Problema >> Conexão >> >> Impacto >> Distribuição.

Agora, se as pessoas adotarem sua ideia (e ainda replicado), pode de ter sido uma ideia inovadora. Caso contrário, foi uma ideia criativa, que está aí disponível a quem quiser. Agora o resultado da sua ideia nunca deve ser o motor de criação, ok?

Portanto, comece a pensar que pra “tudo nessa vida, há um jeito”, inclusive pra sua – caso você não esteja lá muito empolgado com o que tem em mente ou feito, ou caso você queira colocar em prática suas ideias.

Arte da capa: Vários