O mercado de Artes Visuais é bastante amplo e dentro dessa categoria há, inicialmente, uma série de subcategorias e atividades profissionais que envolvem criação ou gestão.
>> Lembrando que o foco do nosso portal é em carreira, negócios e empreendedorismo, portanto, são esses pontos que sempre nortearão nossos artigos, principalmente na categoria Economia Criativa. Nas demais, traremos ideias, insights, técnicas, inspirações, futuro, tudo sempre com um olhar crítico e empreendedor, natural de nossa equipe e estilo de ver e viver a vida.
O QUE SÃO ARTES VISUAIS?
É tudo que é criado para ser consumido visualmente em um formato still, ou seja, parado (sem recursos como áudio ou movimentos). E tem como intenção expressar uma ideia, uma mensagem, uma visão individual ou cultural. Como são muitas atividades, vamos trazer uma introdução de cada uma e, as que você se interessar mais, poderá ver em outros artigos, sempre nesta subseção de Artes Visuais. Para começar, criamos um infográfico que resume as atividades que englobam essa área, que vão desde criação à gestão e, nas quais, você poderá trabalhar.
INSIGHTS E IDEIAS PARA IR ALÉM DA PRÓPRIA ARTE
Tirando esses dois perfis que, muito provavelmente, não será o seu – já que está começando e ainda está vivo – vamos a um exemplo real. Um artista que conheci na Inglaterra e que vive – muito bem, obrigado! – de suas pinturas, o inglês Paul Kenton, casado com a brasileira, Alexandra Giffoni, professora de ioga. Ele não é só um artista. É um verdadeiro empreendedor e artista multimídia que se expressa através da Pintura. Como assim?
Além de pintar, ele é editor de vídeo e cria um vídeo storytelling para cada pintura que faz. Junto com um filmmaker que faz as captações, ele possui um material multimídia de suas criações muito bom, mostrando seus processos de pintura tornando o quadro ainda mais valioso – ao menos deveria – uma vez que você acompanha todo o processo de construção. Uma ideia empreendedora, criativa e que traz valor. Além disso, ele faz lives em seu Instagram, mostrando locais e técnicas de pintura, portanto, usa muito bem as redes sociais como ferramenta de divulgação e expansão do seu trabalho. Vale a pena conferir como esse artista plástico se auto-promove – além de suas obras que são lindas!! Paul têm quadros que variam de 1000 libras até 11 mil libras!
ARTES PLÁSTICAS, PINTURA EM QUALQUER LUGAR
Agora é hora de navegar por uma outra forma de arte visual, a Pintura de Muros e Paredes – e muitos outros lugares – que ganham vida graças a esses artistas! Adivinhou quem é? Pode chamar de arte de rua ou grafite, e arrisco dizer que você já cruzou, se encantou e até fotografou algum GRAFITE por aí. Certo? 😉 Se sim, mande pra gente! Vamos adorar publicar em nosso Instagram!
Nossa fonte inicial de pesquisa afora nossa experiência, foi o livro “Economia Criativa, Fonte de Novos Empregos” (ed.DVS), do brasileiro Victor Mirshawaka, que traz um pouco de como São Paulo se tornou a “capital mundial do grafite” e como essa arte foi, aos poucos, sendo respeitada, admirada e aceita pela sociedade – ainda que haja resistência em muitas cidades e mentes.
Quem anda pela capital paulista, entende o tanto de beleza, reflexão e intervenção que esse tipo de arte provoca nas pessoas. Não é mesmo? Como nosso foco é carreira, negócios e empreendedorismo a partir do mundo dos criativos, vamos direto ao ponto sobre como funciona o mercado de trabalho nessa atividade. Primeiro, entenda de uma vez por todas que os grafiteiros são artistas plásticos. Um é um nome mais popular, o outro mais acadêmico, digamos.
Diferente dos pintores de quadros que costumam exibir suas obras em galerias e museus – e é lá que eles fazem parte das vendas – os profissionais de grafite costumam ganhar grana pintando muros e paredes de empresas ou espaços públicos, ou seja, um comércio, hostel, hotel, coworking, uma avenida, uma praça, enfim, um local que deseja uma intervenção artística para dar “vida” a um espaço e, então, contrata um grafiteiro/artista plástico para criar a arte. Pode ser dentro ou fora do estabelecimento. Nesses casos, a liberdade criativa costuma ser permitida. Ou, quando a empresa quer direcionar, é muito comum nas cidades do interior, a pintura ser uma mistura de publicidade com a fachada do lugar.
Acompanhamos a artista plástica Raissa Schroeder, de Indaiatuba (SP) em uma pintura feita para o Hotel Royal Palm Tower. Nesse caso, uma mistura de incentivo à arte com a ideia de tornar um muro que “não tinha vida” em algo com mais “alma”. E um dos principais resultados da criação é exatamente isso: criar conexão com o outro. Aqui, segundo Raissa, não rolou troca monetária e, sim, exposição da artista e registro dela na cidade – o que ajuda muito o artista a ser valorizado localmente e via redes sociais e, assim, vai se posicionando no mundo da arte e ficando cada vez mais conhecido. Além, é claro, do prazer pessoal do artista de uma arte nas ruas! Portanto, é sempre bom ponderar os trabalhos entre algo remunerado e para aumentar seu reconhecimento e trabalho ao se expor.
Claro que há artistas de grafite que, por terem um trabalho muito singular, e uma assinatura, acabam se tornando muito famosos mundialmente e cobram bem mais do que a média – segundos dados da Firjan, com um salário de R$4.500 por mês.
Brasileiros conhecidos, como Eduardo Kobra e Os Gêmeos (Gustavo e Otávio Pandolfo) ganharam destaque no mundo e quando contratados são muito bem remunerados, temos certeza! – tanto pela singularidade de suas obras como pelo marketing/exposição que fizeram ao longo de suas carreiras. Quem vê alguma delas na rua, sabe que é deles. É como no mundo da música, ouviu a voz…ou a letra…sabe de quem é!
Os Gêmeos experimentaram a criação em outras “bases” como a proposta de pintar um avião – uma ação patrocinada pela empresa GOL. Aqui, podemos dizer que é uma mistura incentivo à arte a uma forma de marketing da empresa que chama atenção por ter um avião tão singular, bonito e criativo – além de o vídeo ter bombado nas redes sociais. É quando a arte e a publicidade se encontram e essa fusão beneficia os dois lados. Aliás, a união entre diversas áreas criativas entre si, costumam beneficiar à todos e, por isso, a importância de começarmos a incentivar mais e mais essa colaboração mútua – de forma profissional, empreendedora e colaboradora – entre os vários profissionais criativos. O IH!CRIEI veio para isso também, queremos que os criativos comecem a criar empresas – não só criativas – mas que tragam soluções e entrem no mercado competitivo para mostrar o valor de suas ideias e execução – e quem tiver junto, cresce também!
Outro artista de renome é Eduardo Kobra, e neste vídeo, ele fala um pouco de como é seu estilo na prática.
Se não te deu vontade de virar um artista, ou de começar a querer aprender e ver mais artes depois de tanta inspiração e beleza, wow! Que mundo você vive?!rs Mas, falando sério, vamos agora, responder ao título desse artigo: Como começar?
É importante enfatizar que não somos especialistas em todas as categorias da indústria criativa, só em algumas como Comunicação Instantânea e StoryMídias. Porém, somos jovens pesquisadores da Economia Criativa e estamos, aos poucos, nos informando, conhecendo e vivenciando cada um dos universos criativos, para ampliar nossa visão de mundo e proporcionar a você uma imersão completa e maior entendimento do por quê esse universo da criatividade humana é tão fascinante, e como você, seja de qual área criativa for ou, caso não seja, trabalhe com os criativos, consiga ampliar sua visão de mundo para gerar inovação em sua atividade profissional e assim obter cada vez mais reconhecimento!
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Estamos atentos e em constante aprendizado! Nos vemos no próximo artigo! E não deixe de nos dizer como você se sentiu ao ler este conteúdo, a gente se importa com você…
>> Colaborou para este artigo, texto e design Camilla Zahn
Arte da capa: Priya Mistry